Mães de segunda viagem dão conselhos para mães inexperientes – Qualyleite
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Mães de segunda viagem dão conselhos para mães inexperientes
“Esterilizador de mamadeira que pode ser usado no micro-ondas é algo realmente muito útil. Antes de comprar esse item, perdi muitos bicos e chupetas esquecendo tudo na chaleira com água fervente. Também recomendo às mães comprar roupinhas para recém-nascido. Para meu primeiro filho, quase não comprei, pois as pessoas diziam que a criança cresce logo, usa por pouco tempo. Resultado: o bebê tinha um monte de roupas gigantes e poucas do tamanho dele.
Se a criança nascer no verão, esqueça as roupinhas fofas de tricô. Prefira usar macacão de algodão. Foi isso o que fiz com minha segunda filha. E, durante o tempo que ficar na maternidade, descanse.
Quando meu primeiro nasceu, fiquei ansiosa para aprender a trocar fraldas no hospital. No segundo parto, logo pedi para a enfermeira trocar para mim, daí aproveitava para descansar. Vai ter muita fralda para ser trocada, pode acreditar.”
Roberto Setton/UOL
Fabiola Nunes, 36, mãe de Igor, 3, e de Arthur, 10 meses
“Recomendo não usar mamadeira e investir no copinho. É mais fácil oferecer o leite para o bebê com ele, embora a maioria ache que é complicado.
O copinho também não oferece riscos à continuidade da amamentação, como faz a mamadeira, e é bem mais simples de higienizar.
Com meu primeiro filho, eu e o pai dele ficávamos nervosos e não conseguimos acertar o uso do copo.
No segundo, mais calmos, nem esperávamos que o bebê pedisse, quando mostrava que estava com fome, já oferecíamos.”
Gabi Trevisan/Divulgação
Denise Guilherme, 39, mãe de Manoel, 3, e de Maria Morena, 10 meses
“Ser mãe, às vezes, pode ser muito solitário. Por isso, recomendo sair com o bebê assim que se sentir segura, para procurar a companhia de outras mães e formar uma rede de apoio e espaços reais de troca.
Acho importante também entender que conselhos e opiniões são só conselhos e opiniões, ninguém é obrigada a segui-los.
A mulher também precisa compreender que a melhor mãe possível é muito diferente da mãe que ela considera ideal. Por fim, é fundamental ter suas necessidades básicas garantidas: comer, dormir, ir ao banheiro. É preciso cuidar de si mesma tão bem quanto trata do bebê.
Ser mãe da Maria Morena está me ajudando a acolher a mãe que sou do Manoel.”
Arquivo pessoal
Bianca Amorim, 29, mãe de Davi, 3, e Lucas, 1 ano e sete meses
“Não queira dar conta de tudo: trabalhar, ter uma casa impecável e cuidar do filho.
A verdade é que nenhuma mãe consegue suportar essa cobrança nem precisa dar conta de tudo.
O que é mesmo necessário é contar com uma rede de apoio (permanente ou pontual, cabe a você escolher) para poder viver com harmonia todos os papéis sociais que a mulher tem.”
Arquivo pessoal
Anamaria Matsunaga, 33, mãe do Pedro, 3, e da Luisa, 13 meses
“Acho desnecessário comprar berço. Para meu primeiro filho, comprei. Mas até cerca de três meses, ele ficava só no moisés.
Até dormia um pouco no berço, mas, como acordava durante a noite, achava mais fácil colocá-lo na cama comigo, para quando precisasse pegá-lo para amamentar.
Depois, quando ele começou a sentar, a se arrastar e a engatinhar, passou a dormir no colchão do berço colocado no chão.
Assim, ele tinha mais autonomia e segurança, já que estando no berço, tinha mais risco de cair ao tentar sair. Nem preciso dizer que Luisa não usou berço.”
Arquivo pessoal
Fernanda Lopes, 29, mãe de Giovanna, 6, e Rafaela, de 7 meses
“Sugiro que as mães não deem tanto peso e importância para o que leem em livros especializados sobre bebês. Durante minha primeira gestação, li muito: como os bebês se comportam, desenvolvem-se, quais são os padrões de desenvolvimento e de sono.
Quando minha filha nasceu, lembro que ficava na paranoia de fazer tudo conforme os manuais ditavam. Achava que ela seria um robozinho facilmente programável. Os livros fazem tudo parecer simples.
Acabei reprimindo meus instintos de mãe e tomei muitas decisões que hoje discordo.
Na ânsia de treinar minha pequena, não vi o tempo passar nos dois primeiros anos, não curti a maternidade.
Hoje, com minha segunda, faço as coisas de forma mais natural, leve e tudo tem acontecido muito melhor. Esqueci os manuais e os padrões, e estou muito mais feliz, curtindo cada avanço do desenvolvimento, sem forçar nada, apenas dando oportunidade para ela se descobrir.”
Arquivo pessoal
Julyana Mendes, 39, mãe de sete filhos com idades entre 21 e nove meses
“A primeira dica é criar uma rotina para o bebê. Quando meus filhos completavam um mês, iniciava a rotina antes de dormirem. Todos os dias, na mesma hora, repetia o mesmo ritual: escolhia músicas calmas e um ambiente sem barulho para fazer massagem shantala. Depois, dava banho e, em seguida, amamentava ou oferecia mamadeira, no caso das trigêmeas.
Para terminar, colocava para deitar no berço. Fazer isso todos os dias, do mesmo jeito, faz o bebê começar a entender que existe uma rotina e ele passa a gostar. Chega um momento em que você percebe que ele pede pela repetição do dia anterior.
Vai anoitecendo e ele vai ficando enjoadinho, reclama mais, quase diz ‘mamãe, está na nossa hora’. Por um bom tempo, sugiro que as mães evitem quebrar esse ritual.
Se fizer a rotina três dias e esquecer, as coisas não funcionam como deveriam. Precisa ter um período sem falhar nenhum dia, praticamente por um mês. Assim, o bebê passa a dormir melhor e a mãe também.”
Arquivo pessoal
Cristiane Bonfim, 39, mãe de Ícaro, 10, Bernardo, 2, e Isabelle, um mês
“Não caia no conto da lista de enxoval organizada por lojas que vendem roupas para bebês. Comprei quase todos os itens na primeira gestação, inclusive roupas quentes demais para o clima em que vivemos.
Sapatinhos e roupinhas chegaram a nunca ser usados. Seja comedida, invista em poucas peças e compre coisas mais práticas, de qualidade e duráveis.
Também sugiro não investir naqueles carrinhos de bebê gigantes, que oferecem todo o conforto do mundo, mas que não são práticos. O modelo guarda-chuva é melhor, mais fácil de manusear.”
Arquivo pessoal
Aline Shirazi Conte, 27, mãe de Laura, 4, e Heloísa, 1
“Siga suas vontades e seus instintos. Acreditei e segui muita coisa contrária ao que eu mesma pensava na primeira gestação.
Fiz o que os outros falavam para eu fazer e me arrependi muito depois.
Na segunda gravidez, só sorria e acenava enquanto as pessoas falavam, sem ligar para o que diziam. Fui muito mais feliz nas minhas escolhas: descobri o sexo no dia do nascimento, pari em casa, dei muito colo, não ofereci chupeta, investi em fraldas de pano e fiquei em casa o quanto quis.
Com o tempo, as pessoas pararam de opinar sobre minha forma de criar minhas filhas e passaram a admirar e a olhar com menos julgamento e mais curiosidade.”
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